«A Arte é a transposição objectiva da angústia ou o desvio consciente da impotência total do ser humano »
Eduardo Lourenço
PORQUÊ PINTAR?
Comecei a interessar-me pela pintura em Setembro de 2011, depois de me retirar da minha atividade profissional, de décadas, como Cirurgião Geral .
Subitamente fiquei sem as grandes responsabilidades que faziam parte do meu quotidiano, como Diretor do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Portalegre, Cidade do Alto Alentejo, onde nasci.
Experimentei técnicas várias, desde a aguarela ao óleo. Experimentei suportes desde o papel à madeira, à tela.
As obras,ou melhor: os exercícios, foram surgindo, e, inicialmente, a maioria era por mim rejeitada.
Como passava,e passo, imenso tempo a pintar,surgiram, por vezes alguns resultados aceitáveis...
PORQUÊ EXPÔR?
A 1ª EXPOSIÇÃO-COLECTIVA
Alguns amigos e familiares que conheciam a enorme e profusa produção, achavam que deveria expôr e isso aconteceu, pela primeira vez , de forma tímida mas colectiva,em Setembro de 2014, na sede da Ordem dos Médicos em Portalegre, conjuntamente com os colegas Fàtima Pereira, João Transmontano e Orlando Pereira.
Apresentei quatro quadros:
"Café Alentejano"-Aguarela s/papel 30x22 cm
"Baía Silenciosa"- Pastel seco s/cartolina 30x20cm
"Portalegre"-Acrílico s/cartão 42x20 cm
"Athos"-Óleo s/Tela 20x20 cm
A 2ª EXPOSIÇÃO-INDIVIDUAL
Por insistência da Presidente da Câmara Municipal de Portalegre e com a ajuda dos pintores e amigos Aurélio Bentes Bravo e Luís Leite Rio (curador), foi organizada esta exposição individual, que decorreu de 23 de Maio (dia da Cidade de Portalegre) a 31 de Julho de 2017.
Apresentei 166 obras, das quais, 30 ou pertenciam à minha colecção ou à de familiares meus.
Quiz mostrar quase tudo o que tinha feito até então, e queria também vender obras, desfazer-me delas, permitindo que outras pesoas as pudessem ver...e isso aconteceu!
A PRIMEIRA EXPOSIÇÃO
COLECTIVA
De 25 de SETEMBRO a 25 de OUTUBRO de 2014 na sede distrital de Portalegre da Ordem dos Médicos
CAFÉ ALENTEJANO
Este é um local de grande significado, e cheio de memórias para grande parte das pessoas que viveram ou vivem em Portalegre, e especialmente para os estudantes da minha geração.
Aguarela s/ papel 30x22 cm- Coleção particular
PORTALEGRE
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A Cidade vista do monte da Penha de S. Tomé.
Acrílico s/ cartão 42x20 cm- Coleção do autor
ATHOS
9-1-2002 a 24-12-2017
Companheiro durante 15 anos
Óleo s/ tela 20x20 cm- Coleção do autor
A SEGUNDA EXPOSIÇÃO
INDIVIDUAL
PINTURA
JAIME AZEDO
CLAUSTRO DO CONVENTO DE SANTA CLARA
PORTALEGRE
23 DE MAIO A 31 DE JULHO DE 2017
A grande quantidade de obras expostas (166), teve como finalidade a apresentação, de forma retrospectiva, do percurso do autor enquanto autodidata.
Elas foram distribuidas no espaço, agrupadas, tentando apresentar três fases desse percurso.
A fase inicial e de experimentação,uma segunda fase mais intimista e, por fim, a fase de libertação com a tentativa de apresentação de pintura abstracta.
FASE INICIAL
EXPERIMENTAÇÃO
Li e experimentei.
Experimentei técnicas várias desde a aguarela ao óleo.
Experimentei suportes desde o papel à madeira,à tela
As obras foram surgindo e, inicialmente, a maioria era por mim rejeitada.
Os pequenos formatos, em aguarela sobre papel, eram os meus preferidos, por serem fáceis de descartar e de esconder, ou guardar em pastas improvisadas, que se foram acumulando.
FASE INTIMISTA
A Pintura desta fase começa a traduzir a necessidade de expressar temas e assuntos que são motivo da minha preocupação, ou que ocupam, por vezes, o meu pensamento, de forma consciente.
FASE DE LIBERTAÇÃO
Na fase actual, pinto de forma espontânea, sem grandes preocupações com as formas.
Não sei se consigo exprimir, através do gesto e da côr, o meu sub-consciente.